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O conceito tradicional de nação, que se refere a um grupo humano coeso, envolve a presença de alguns elementos que lhe são inerentes, como a partilha da mesma origem étnica, referências históricas e culturais, território e uma língua.
Não conseguimos construir essa emoção ou sentimento de pertença e ligação com fundamentos comuns. Nossa história é de separação e exclusão mútua. A tão almejada unidade, aspiração latente de todos nós que habitamos o território do Estado, escapa-nos por nossa tradicional incapacidade de olhar o coletivo e construir uma identidade social, política e econômica desde o ponto de vista diverso, que se manifesta, ao contrário, espontaneamente em certos circunstâncias, como quando celebramos os sucessos internacionais dos compatriotas, e em outras em que o orgulho de ser equatorianos é altivo quando querem nos ofender.
Mas, se quisermos que seja, é claro que nos voltaremos para eles, manifestando-nos como não o fazemos em outros espaços. Essa possibilidade é assumida por muitos, especialmente por aqueles que a usam para exercer seu desejo de dizer o que querem sem reservas ou reservas de qualquer tipo e antes por raiva e necessidade de gritar seu desacordo, sua rebelião, sua reclamação contra o sistema e contra o povo. Quase não há limites e por isso, a expressão em redes é para muitos o ápice da liberdade e deve ser vivida porque as normas e contenção, para eles, é o encarceramento do indivíduo que como tal deve ser o objetivo último e maior da qualquer modelo de convivência e não o agrupamento, nem as responsabilidades de cada um frente aos outros, derivadas da convivência organizada.
Em algumas faculdades de direito do Equador, os alunos do último ano desse curso devem fazer um workshop ou curso sobre ética profissional e deontologia. É uma decisão sábia das autoridades da universidade, porque os futuros advogados, além de suas práticas nos escritórios legais gratuitos, refletem sobre as referências comportamentais da profissão e as entendem à luz de casos e circunstâncias nacionais e estrangeiras. Escusado será dizer que essas referências apontam para os mais altos níveis de ética, como honestidade notória, lealdade aos clientes e busca de justiça em todos os casos em que eles intervêm. O perfil definido para os advogados exige um comportamento exemplar contra todas as normas de convivência: moral, tratamento social, cortesia, cultural e, sobretudo, contra as jurídicas que são a quintessência da sociabilidade humana organizada.
Critérios e idéias posicionados e consolidados socialmente sem análise de seus fundamentos e consequências. A humanidade, aqui e ali, deslumbrada com o que adquire cobertura da mídia, que nunca é neutra e responde aos interesses daqueles que sabem o que querem, propondo abordagens - verdades que se tornam dogmas que agregam seguidores que se tornam hostis, agressivos e impensado, que os defende até as últimas consequências. Para o cumprimento desse objetivo, toda ação é legítima, como estar ciente daqueles que pensam de maneira diferente para atrair sua atenção, fazê-los ver seu erro - é claro, porque essas idéias não coincidem com as deles - e, se não corrigem, eliminam-nas a saúde e a validade do pensamento único, a expressão máxima de seu dogmatismo teimoso que devasta seus oponentes, independentemente do dano causado na vida desses indivíduos e de suas famílias. Todos os totalitarismos procederam da mesma maneira. Sempre tem sido assim.
A corrupção devastadora nas sociedades e civilizações está relacionada a muitos fatores. Alguns são constitutivos e outros fazem parte de cenários próximos que lhe permitem se manifestar em suas diferentes formas e gradações. O combate às ações desonestas pervertidas pelos sistemas de convivência tem a mesma complexidade do fenômeno e deve ser concebido e implementado considerando essa ampla dimensão. Menciono imediatamente três áreas sociais relacionadas à corrupção e que são objetivos da ação do cidadão em seu desejo de combater a desonestidade cívica. Do ponto de vista jurídico, é necessária a emissão de leis adequadas, com sanções suficientes e apropriadas para que a transgressão tipificada seja punida em tempo hábil e integralmente pelo sistema de administração da justiça. A perspectiva social exige políticas e ações que busquem equidade e justiça para todos, nos níveis econômico, previdenciário, de saúde e cultural, entre outros. A educação, como área específica e essencial, deve ser direcionada ao treinamento para a convivência, respeito pelos outros e pelo meio ambiente, para fortalecer o entendimento coletivo da importância de conectar os cidadãos com os deveres inerentes a eles mesmos e com o meio ambiente. a busca da transcendência pessoal como forma de contribuir para o bem coletivo.