Vulnerabilidade e ética para um mundo incerto

Um ponto de partida interessante para falar sobre os efeitos da pandemia é a entrevista com o pensador esloveno Slavoj Žižek postado em El País 25 de janeiro de 2021. Nela, o filósofo toca em um ponto essencial para sobreviver à catástrofe com alguma humanidade: a ética das pessoas comuns, entendida como um despertar da solidariedade que responde às necessidades dos outros. Diante da incerteza, da incompetência dos setores público e privado, das instituições sociais e do renovado debate sobre desigualdade e privilégio, só nos resta a capacidade de cuidado mútuo. Isso é uma reminiscência da liberdade suprema de que falou Viktor Frankl: a liberdade de decidir a atitude com que enfrentamos as circunstâncias.

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